NAPI Biodiversidade: RESTORE

O que significa “RESTORE”? Bom, esse nome é derivado da frase “natuRe-basEd SoluTions for imprOving REforestation”, ou seja, “soluções baseadas na natureza para melhorar o reflorestamento”. O projeto tem o objetivo de encontrar, na própria natureza, meios de aumentar a tolerância de mudas de espécies arbóreas e da diversidade microbiana, durante a restauração florestal. 

 

Uma estratégia muito eficaz é o uso de plantas nativas para o reflorestamento. No entanto, com o crescente desmatamento e os grandes períodos de seca que estamos vivendo, tem se tornando cada vez mais difícil a utilização dessas espécies, já que suas mudas acabam morrendo com facilidade, por conta dos solos comprometidos.

 

Por isso, as ações do RESTORE se tornam fundamentais para encontrar estratégias de melhora na produção de mudas nos viveiros florestais, com a indução de mecanismos que aumentem a tolerância à seca e favoreçam a reestruturação do solo degradado. É um trabalho importantíssimo, já que as projeções climáticas são preocupantes, indicando períodos de seca cada vez mais frequentes e intensos. Esses eventos climáticos têm o poder de afetar tanto a conservação dos remanescentes de vegetação nativa, quanto os processos de recuperação da vegetação. 

 

O NAPI Biodiversidade: RESTORE tem como metas promover estudos e pesquisas em que serão avaliadas as respostas das árvores e da microbiota do solo associadas à seca em três diferentes tipos de florestas: a Floresta Atlântica Estacional Semidecidual Brasileira, a Floresta Decídua Francesa de Carvalho Mediterrâneo e a Floresta Temperada Mésica Alemã. Isso permitirá a busca de padrões entre locais geograficamente distantes, além de testes de aplicação de diferentes soluções baseadas na natureza como estratégias inovadoras para aperfeiçoar a produção de mudas de árvores.

  1. Ampliação e consolidação do NAPI Biodiversidade; 
  2. Entendimento dos efeitos da seca na microbiota do solo da Mata Atlântica; 
  3. Isolamento e caracterização de micro-organismos associativos de plantas (MAPs); 
  4. Entendimento dos efeitos da seca sobre mudas de espécies arbóreas da Mata Atlântica; 
  5. Aplicação de micro-organismos para induzir tolerância à seca em mudas de espécies arbóreas da Mata Atlântica; 
  6. Aplicação de nanopartículas liberadoras de óxido nítrico para induzir tolerância à seca em mudas de espécies arbóreas da Mata Atlântica; 
  7. Aplicação de nanogiberelina para induzir a germinação e a tolerância à seca em mudas de espécies arbóreas da Mata Atlântica; 
  8. Aplicação de micropartículas carregadas com micro-organismos para induzir crescimento e tolerância à seca em mudas de espécies arbóreas da Mata Atlântica; 
  9. Aplicação de tubetes biodegradáveis para induzir tolerância à seca em mudas de espécies arbóreas da Mata Atlântica; 
  10. Envolvimento de stakeholders e aceitação social de soluções elaboradas; 
  11. Balanço econômico das soluções elaboradas; 
  12. Interação com a sociedade e com outras redes de pesquisa através da realização de atividades integradoras para a divulgação do conhecimento e valorização da biodiversidade no Paraná.