A III Semana dos Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPIs) reuniu pesquisadores e profissionais de todos os cantos do Paraná. Com palcos interativos e balcões expositivos, o foco do evento foi colocar em evidência os resultados e perspectivas futuras de cada Arranjo, entre os dias 11 e 12 de março, no Campus da Indústria da Federação das Indústrias, em Curitiba.
No caso do NAPI Biodiversidade, essa foi uma oportunidade para destacar os principais avanços e resultados obtidos até o momento. O professor e articulador do NAPI Biodiversidade: RESTORE, Halley Caixeta, ressaltou que o encontro permitiu uma ampla divulgação dos trabalhos em curso e proporcionou um espaço para troca de conhecimento entre diferentes áreas. “Foi uma boa oportunidade para os três NAPIs Biodiversidade apresentarem seus principais resultados e avanços para um público bastante diversificado”, afirmou.
Cada um dos NAPIs teve 30 minutos de apresentação em um dos palcos interativos, abordando desde os objetivos gerais até os avanços alcançados em cada uma das metas propostas. O público presente incluía não apenas membros dos próprios NAPIs, mas também gestores da área de ciência e tecnologia, stakeholders e outros pesquisadores interessados na temática. “Foi uma visibilidade importante para passar várias mensagens e mostrar os resultados que estamos alcançando”, destacou Caixeta.

O atual Top Manager da Fundação Araucária e ex-presidente do CNPq, Evaldo Vilela, visita o estande do NAPI Biodiversidade
No espaço expositivo, o NAPI Biodiversidade: Recursos Genéticos e Biotecnologia apresentou algumas das inovações em desenvolvimento. Entre os destaques estavam materiais biodegradáveis, como tubetes e espumas sustentáveis, que podem substituir o plástico na produção de mudas e atuar como fertilizantes para o solo.
O professor André Luiz Martinez de Oliveira, do NAPI Biodiversidade: Recursos Genéticos e Biotecnologia, enfatizou como o arranjo fortaleceu a pesquisa no Paraná ao unir especialistas com um foco comum na conservação e no uso sustentável da biodiversidade. “O NAPI nos permite integrar esforços para desenvolver produtos e processos menos agressivos ao meio ambiente”, afirmou. Ele também destacou que o evento favoreceu a interação com a sociedade e o setor produtivo. “Essa troca é essencial para mostrar ao cidadão o destino dos investimentos públicos na ciência e para fomentar parcerias que possam levar nossos produtos a uma escala comercial”, concluiu André.
No caso do NAPI Biodiversidade: RESTORE, foram exibidos experimentos com micro-organismos promotores de crescimento de plantas, aplicados tanto em espécies agrícolas quanto em mudas arbóreas. “Mostramos, por exemplo, como uma muda tratada com micro-organismos isolados a partir de solos florestais pode crescer mais rapidamente”, contou Halley.
Outro ponto que atraiu a atenção do público foi a demonstração de espécies de abelhas nativas e sua importância para a polinização, conduzido pelo NAPI Biodiversidade: Serviços Ecossistêmicos. Com o auxílio de microscópios, os visitantes puderam observar organismos aquáticos e aprender mais sobre a biodiversidade desses ecossistemas.
A coordenadora do NAPI, Cláudia Costa Bonecker, ressaltou a importância da integração entre pesquisadores do estado promovida pelo evento. “Nós podemos conhecer melhor as pesquisas na área de biodiversidade e trocar informações, aprendizado e parcerias, seja na coleta de dados, no desenvolvimento de metodologias ou no aprimoramento de técnicas de estudo”, explicou. Ela destacou também a necessidade de cumprir os objetivos assumidos e gerar produtos que tragam benefícios concretos à sociedade paranaense. “Nosso foco agora é finalizar as metas estabelecidas e buscar, no futuro, possíveis renovações e novas parcerias para validar e ampliar a aplicabilidade dos dados que produzimos”.
Por fim, Halley destacou que a participação no evento não se limitou à apresentação de resultados, mas também abriu espaço para discutir os próximos passos do projeto. “Foi uma oportunidade de devolutiva para os gestores da Fundação Araucária e para a sociedade em geral. Ao mesmo tempo, nos fez pensar no futuro, em novas parcerias e nas próximas etapas do projeto”, concluiu.