Pesquisadoras ministram oficina no XVIII Encontro Paranaense de Educação Ambiental

O evento ocorreu na cidade de Ponta Grossa

Uma educação ambiental de qualidade e levada a sério tem se tornado cada vez mais importante dentro das salas de aula e fora delas. Em especial, vivendo em um contexto de emergências climáticas, é fundamental fomentar o diálogo, a reflexão, bem como a divulgação das pesquisas, publicações e ações realizadas nesta temática, pensando em uma maior conscientização social. E esse é o grande objetivo do Encontro Paranaense de Educação Ambiental, que teve sua 18ª edição, em 2024.

 

O evento ocorre desde 1998, visando o fortalecimento da educação ambiental do Paraná e, esse ano, aconteceu em Ponta Grossa, entre os dias 18 e 21 de setembro, sendo realizado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e Universidade Tecnológica Federal do Paraná — Ponta Grossa (UTFPR/PG).

 

Na edição atual foram abordados os seguintes eixos temáticos: Fundamentos epistemológicos e metodológicos em educação ambiental; Educação ambiental e políticas públicas; Formação de educadores ambientais; Educação ambiental na escola; Educação ambiental no ensino superior; Educação ambiental não formal; Educomunicação; e Educação ambiental e emergência climática. 

 

E claro que um evento desse porte contou com a participação do NAPI Biodiversidade: Serviços Ecossistêmicos. As pesquisadoras do arranjo e mestras, Luana Meister e Camila Naomi Lermen, ministraram a oficina “Contribuições da Natureza para as Pessoas: o que a natureza faz por nós?”, abordando como os fluxos de matéria e energia dos ecossistemas impactam diretamente o bem-estar humano. 

Mestras Luana Meister e Camila Naomi Lermen ministrando a oficina

O objetivo era capacitar os participantes, desde educadores ambientais, gestores ambientais, analistas, técnicos, até quaisquer outros atores da área de meio ambiente, com conhecimentos teóricos e práticos sobre os ecossistemas e suas contribuições para a vida das pessoas.

 

A oficina contou com momentos teóricos, trazendo a definição de conceitos fundamentais, como as categorias de serviços ecossistêmicos, por exemplo, além de momentos práticos, destacando como a biodiversidade e os ecossistemas sustentam atividades econômicas e sociais.

 

Algumas situações cotidianas foram exemplificadas pelas pesquisadoras, como a produção de alimentos – paisagens agrícolas ilustram a relação entre serviços materiais (provisão de alimentos e commodities) e serviços regulatórios (polinização e ciclagem de nutrientes no solo) – e a regulação climática – áreas de vegetação nativa foram destacadas como reguladoras do clima local, ajudando a mitigar efeitos de secas e enchentes.

 

Além dessas, a regulação hídrica – zonas ripárias ao longo dos rios foram discutidas como fundamentais para a purificação natural da água, garantindo a qualidade dos recursos hídricos –, bem como a recreação e turismo ecológico – parques e áreas protegidas, como o Parque Estadual de Vila Velha, serviram de exemplo para mostrar a contribuição dos ecossistemas na promoção de saúde e lazer.

Participantes da oficina

“A oficina apresentou uma metodologia baseada em jogos que permitiu aos participantes analisarem diversas paisagens paranaenses e identificar os serviços ecossistêmicos associados. Essa abordagem prática, por meio de jogos e atividades interativas, proporcionou aos participantes uma forma dinâmica de aprender e se conectar com os serviços ecossistêmicos”, explica Meister.

 

De acordo com as pesquisadoras, os exemplos mostraram aos participantes como os serviços ecossistêmicos estão presentes em diferentes aspectos da vida cotidiana e como a sua conservação é essencial para garantir sustentabilidade e qualidade de vida, ensinando os participantes de uma forma divertida e eficaz. 

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