A reunião teve o objetivo de traçar a oficialização de uma parceria
Desenvolver pesquisa em biodiversidade em um dos Estados que mais reduziu o desmatamento do bioma nos últimos anos dá um gás para continuar nesse caminho. E é nesse cenário que se encontram os pesquisadores paranaenses. O Paraná promoveu uma redução de desmatamento de 78%, entre 2022 e 2023, de acordo com o relatório técnico produzido pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica.
Esse é o quarto melhor índice do Brasil e a diferença entre os anos equivale a aproximadamente 2.250 campos de futebol! Esses números mostram que as iniciativas que buscam a preservação e conservação da natureza têm dado resultados.
No entanto, nem tudo são flores. O atlas também indicou que, mesmo com esses esforços, o Brasil perdeu mais de 20 mil hectares de floresta no mesmo período, por isso, é fundamental que a ciência continue buscando formas de colaborar na restauração dessas perdas, bem como que a conscientização sobre essas questões sejam mantidas e reforçadas.
Por isso, o NAPI Biodiversidade segue engajado em desenvolver novas pesquisas, além de firmar parcerias que contribuam para o avanço científico e para a preservação da biodiversidade paranaense.
Assim, no fim de setembro, a equipe da Meta 6, do NAPI Biodiversidade: Serviços Ecossistêmicos, denominada “Identificação de áreas prioritárias para conservação e restauração da biodiversidade do Paraná”, reuniu-se com representantes do Instituto Água e Terra (IAT) das gerências de Biodiversidade, Restauração Ambiental e Áreas Protegidas para o desenvolvimento de estratégias conjuntas para alcançarem o objetivo dessa Meta.
O instituto possui, inclusive, uma diretoria específica, de Patrimônio Natural, para elaborar, executar e monitorar planos, programas, ações, projetos técnicos e políticas de incentivo à conservação e restauração da biodiversidade, administração das Unidades de Conservação, fiscalização ambiental, além da gestão de fauna nativa e exótica.
O pesquisador do NAPI, doutor Victor Pereira Zwiener, participou das reuniões e conta que a ideia é da parceria é possibilitar o trabalho em colaboração para a elaboração de mapas de prioridades, a fim de alcançar a conservação e restauração da biodiversidade do Paraná. Os mapas indicarão quais são as áreas que devem ser alvos de ações primeiro, bem como quais que devem ser base para as primeiras pesquisas e estudos.
“O IAT é justamente o órgão estadual que tem atribuições para implementar as políticas de conservação e restauração no Estado. Iremos trabalhar juntos para fundamentar essas ações e diretrizes na ciência”, afirma Zwiener.
Ainda , o pesquisador conta que uma nova reunião já foi marcada para dezembro para que as equipes se reúnam novamente e possam discutir uma forma de oficializar essa grande parceria.