Monitoramento do Habitat do Aedes aegypti nasceu dentro de universidade estadual
Todo ano, vemos um boom de notícias sobre a dengue, o número crescente de casos, as melhores formas de prevenir a proliferação do Aedes aegypti, bem como formas de se proteger do mosquito. Por isso, esse ano, o Conexão Ciência – C² realizou um especial sobre a dengue, com as matérias “A vacina da dengue é segura?”, que aborda sobre todas as informações acerca da nova vacina da dengue, e “Ciência é a principal aliada no combate à dengue”, que conta com a participação da pesquisadora do NAPI Biodiversidade: Serviços Ecossistêmicos e professora da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), doutora Ana Alice Eleuterio.
A pesquisadora falou sobre o projeto em desenvolvimento “Monitoramento do Habitat do Aedes aegypti”, realizado por ela e pela também professora da UNILA, doutora Elaine Soares. O projeto tem o objetivo de monitorar os habitats do mosquito transmissor da dengue, por meio da implementação do protocolo “Mosquito Habitat Mapper” (Mapeamento de habitats de mosquitos), desenvolvido pelo programa GLOBE.
Esse monitoramento está inserido no Programa Institucional de Ciência Cidadã na Escola (PICCE), que integra alunos e professores da rede pública na construção de projetos de pesquisa e coleta de dados científicos, formando cidadãos cientistas!
No caso do projeto das professoras, o experimento praticado apresentado aos estudantes é o ovitrampa, uma armadilha que simula como seria um ambiente propício para a reprodução do Aedes aegypti. Ele é formado por vasos pretos com água e uma palheta de madeira que facilita o depósito de ovos pelas fêmeas do mosquito, o que permite uma rápida detecção da presença de mosquitos, antes deles se desenvolverem.
O experimento com os estudantes tem duração de oito semanas e, ao final da coleta de dados com o ovitrampa, os grupos de alunos apresentam para a escola os resultados obtidos e os aprendizados possibilitados pelo projeto.
A matéria ainda trouxe outra ação de conscientização sobre a dengue e o Aedes aegypti muito importante: o ZikaBus, um micro-ônibus itinerante que integra o programa Laboratório Móvel de Educação Científica (LabMóvel), da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Por onde passa, o ônibus recebe a visita de crianças e adultos, que se informam sobre o tema por meio de vídeos produzidos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), maquetes no chão do ônibus e banners informativos na lateral. E o fato de ser um micro-ônibus facilita muito para que o projeto chegue em locais de difícil acesso, como bairros e cidades afastadas dos grandes centros urbanos.
Para entender mais sobre os projetos, não deixe de conferir a matéria no site do C²: “Ciência é a principal aliada no combate à dengue”.