Evento ocorreu em junho, na cidade de Brasília
Os brasileiros possuem o privilégio de viver no país mais biodiverso do mundo. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima já levantou os dados que mostram que contamos com mais de 116 mil espécies animais e mais de 46 mil espécies vegetais no Brasil, espalhadas por seis biomas terrestres e três ecossistemas marinhos.
Sabe o que isso significa? Que o Brasil, sozinho, possui mais de 20% do total de espécies do mundo! Por isso, ações de preservação, manutenção e uso sustentável dos componentes da nossa biodiversidade são muito mais do que essenciais. E é aqui que entra a Estratégia e Plano de Ação Nacionais para a Biodiversidade, mais conhecida como EPANB.
A EPANB é uma ferramenta de gestão integrada das ações nacionais que visam conservar a biodiversidade, ou seja, nela são reunidas diversas estratégias para a preservação do nosso meio ambiente. Além disso, por meio dela também é possível monitorar o progresso das ações brasileiras nesse sentido.
Pesquisadores do NAPI Biodiversidade na Oficina de Atualização da EPANB
A última versão do documento foi publicada em 2017, com o objetivo de compreender ações para serem executadas até o ano de 2020. O conteúdo tinha como base as Metas de Aichi, que foram aprovadas na Décima Conferência das Partes das Nações Unidas (COP-10), da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), realizada em 2010.
Mas, em 2022, veio a Décima Quinta Conferência das Partes das Nações Unidas (COP-15), da CDB, em que foi adotado o Marco Global de Kunming-Montreal para a Biodiversidade. Foram definidas 23 novas metas para deter e reverter a perda de biodiversidade global até 2030. E, claro, os países signatários – sendo o Brasil um deles – ficaram devendo uma revisão e atualização de suas estratégias e planos de ação nacionais para seguirem a COP-15.
Por isso, no mês de junho, os pesquisadores do NAPI Biodiversidade participaram, em Brasília, da Oficina de Atualização da EPANB. “O Arranjo contribui com as metas e as ações a serem desenvolvidas, que devem ser incentivadas pelo governo de 2023 a 2030. Nós tivemos voz para falar quais deveriam ser os direcionamentos de recursos, de ações, de investimentos, de distribuição de recursos da biodiversidade, bem como de biotecnologias dentro da biodiversidade”, explica o pesquisador do NAPI Biodiversidade e professor da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), doutor Paulo Roberto Silva.
Participantes da Oficina de Atualização da EPANB discutindo estratégias e avaliando a proposta do Governo
A EPANB foi discutida separadamente com os seguintes grupos: Proposta do Governo Federal, Proposta das empresas com base na proposta do governo federal, Proposta dos Estados com base na proposta do governo federal, Proposta da Sociedade Civil com base na sugestão do governo federal e Proposta da Academia com base em todas anteriormente apresentada. Os participantes do NAPI deram suas contribuições no âmbito da Academia e você pode conferir a proposta do governo para a EPANB clicando aqui.
“A relação do NAPI Biodiversidade com a EPANB é direta, porque nós estamos trabalhando com conservação da biodiversidade, com exploração da biodiversidade de modo sustentável, com o uso da biotecnologia para exploração da biodiversidade, além dos serviços ecossistêmicos e, na EPAMB, todas essas ações e todas essas áreas são abordadas”, explica o professor da UNICENTRO.